quarta-feira, 29 de abril de 2015

Por hoje

Hoje brinco...
Saudades que já senti. 
O mundo é mesmo circular...
Um pingo de amor em meio ao inverno espacial. 
O tempo em que fomos perfeito, 
E não sentíamos nossas mãos, 
Procurando nossos rosto, 
Hoje assombrados pela nossa desilusão. 
Quem sabe o porquê de tudo isso, 
Dessa safra de mortos que não disseram adeus. 
Cada beijo que existe, 
Trará em si aquilo que separa, aquilo que se perde. 
Cada frase que eu invento, 
Ecoa pelos meus próprios rastros,
Nessa terra de cimento e ganância, 
Fomos poucos, fomos pobres. 
O que me consola é o vinho sob o abajur, 
É o filho que acolhemos em nossos braços, 
É a certeza de que esse fio tênue de nossos sonhos, 
Sempre vai existir, 
Remendando os espaços vazios
Entre uma estrela e outra. 
Sou assim. 
Lamento e tento ser feliz...
Meu telefone só cai na caixa postal. 
Acho que não estou. 

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