quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Coração



Agora que te encontrei, 
Coração. 
Selvagem e inconsequente. 
Rasgamos nossas ilusões, 
Adormecemos em nossas mãos, 
Iludidos com a eternidade, 
Do espírito livre, 
Sem a origem do tempo, 
Em lágrimas de solidão, 
Nesse espaço avesso da nossa matéria, 
Mergulhados no amor real, 
Que nos salva e protege, 
Dos ventos da maldade, 
Que nos atirou no chão, 
E sugou nossos sonhos.

domingo, 3 de agosto de 2014

Livro Pronto

 
 
 
 
Impressora nova
Papel reciclado
Sem grana para Encadernação,
Rendinha para enfeitar,
ISBN catalogado,
Falta a florzinha seca para dar o toque final...
Por enquanto só 30 exemplares....
Falta organizar o lançamento,
E ver o que acontece....
Mas muito, muito feliz :)
 
 
 

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Sendo - Verbo?




Deus...
Que palavra para nos salvar?
Agora que tudo parece perdido, 
Nosso leito atirado no inferno...
Tentações menores, 
Sonhos maiores...
E precipícios em que caímos, 
Acorrentados em nossas fraquezas. 
O amor...
Desejo da liberdade, 
Perdida em outra vida. 
Agora, 
Deus...
Quem precisa de naves espaciais, 
Bizarra ilusão dos céticos, 
Poema da nossa desilusão. 
Os homens cavaram a minha sepultura no útero. 
Arranque as larvas, 
E os chips de controle de tempo. 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

BEYOND





What is destiny, beyond our dreams?
Are we going to fall into the heart of the sun, 
Where we burned our shadows?
I've been thinking about no existence...
It's true?
Should I fall asleep?
And your kiss?
With your eyes changing the colors of my love...
Are you here, in this tears of our own loneliness?
Would you rescue ourselves for a last dream...
My poetry, my fears, 
My broken soul...
Hope...
Our only choise...
May God to exist?

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A Fé



Dos lados em que nos perdemos
Existimos em nossos sonhos, 
Em memórias guardadas, 
No silêncio de nosso olhar. 
Essas horas que parecem as últimas, 
Quando a madrugada nos afasta, 
Ou quando morremos em nossas mãos. 
O amor que nos deixou essas lágrimas, 
Nossos espíritos amaldiçoados, 
Nessas sombras que nos engolem, 
E nos destroem em nossas ruínas...
Parece fácil, deixar o deserto de nossos corações, 
Na nossa fraqueza diante de todas as vinganças, 
Mas essa vontade, 
Esse desejo de ver o céu se colorir, 
E dar um sentido para a esperança de nossas orações, 
Ainda é o que nos arrasta, 
Dia após dia, 
Para encerrar a noite, 
Em nossas roubadas ilusões, 
Nessa pele que ainda respira, 
Nossas últimas intenções...

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Oração


Desse destino incerto aos meus olhos, 
Restando entre as frestas um céu que eu nunca vi, 
E um poema silencioso. 
Deus... Se a hora é precisa, 
Nos lábios que eu beijo, 
Guarda os vestígios da minha mortalidade, 
Dos tempos de sol, 
Quando o tempo vazio dos meus pensamentos, 
Erguiam castelos de sonhos...
Perdoa-me, meu amor...
Minhas asas... Precisam voar, 
e voltar para o seu coração...
Tudo que perdi... 
Eu já me esqueci...



terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Às Margens da Maré




Essas ruas que sigo, 
Em que tempo não mais existirão?
Essas últimas roseiras, onde crescerão?
E nas janelas dos prédio de última geração, 
Quem não terá se suicidado?
Existirá papel quando ninguém mais quiser escrever?
Esse tempo de tantos adeuses, 
Quem quer se encontrar realmente?
Os casulos escuros dos nossos cobertores, 
Nossas feridas sem cura, 
A letargia diante da chuva que tudo alaga....

Mas ainda ouço pássaros...
Posso comprar um vestido de festa. 
Posso imaginar o amor eterno, 
Nesse Deus eterno, e cansado. 
Deus que quer esquecer das roseiras, 
E de tantos corações partidos. 

Uma Poesia






Dos lábios que se partem, 
Nessas horas de solidão. 
O amor, essa matéria que nos divide, 
No labirinto de espelho...
Como posso amar algo além, 
Ilusão frágil, espinhos no caminho.
As palavras, meu abrigo. 
Mentiras que eu não conto para mim. 
Vejo um rio distante. 
Neve que queima. 
Dois pássaros que voam...
É muito pouco essa distância?
Meus dedos, pequenas ilhas, 
Que tocam meus lábios, 
E inventam meu desejo. 
Meus dedos, pequenos escravos, 
Tocaram algumas nuvens...
Tudo virou pó. 


sábado, 25 de janeiro de 2014

Solidão

 
 
 
Essas metades que nos partem...
Existem histórias que nunca serão contadas,
E lágrimas que não precisam ser choradas.
Mas o tempo do orvalho é eterno.
Como a poeira do meu amor imaculado.
Hoje é sempre a minha última tentativa.
E me esqueço das florestas de pinheiros.
O luar parece o mesmo.
As estrelas que não existem mais ainda brilham.
Eu ando pelas ruas...
Sinto inveja até,
Dos quartos escuros.
Dos poemas de corações empedrados,
Que se agarram à suas solidões...
Esse refúgio da mentira de nossa vaidade,
E traidora da beleza de um sorriso,
Ou de uma lágrima de felicidade.
 
 

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Beco

 
 
 
 

Às vezes a vida nos leva à becos sem saída.
Tão escuros e pensamos em voltar atrás,
Arranjar alguma vela.
Que palavras medonhas jamais teriam sido escritas,
Se não fosse exatamente um muro que se fechava atrás de nós?
E nesse chão de tantas pedras,
Nossos próprios muros caídos.
Mas basta erguer os olhos,
A visão sempre turva pela falta das lentes de contato,
E enxergar a luz lá adiante,
Roubada de alguma estrela.
Para nos guiar em seus rastros gelados,
E tentar fugir do calor artificial,
Dessas lâmpadas elétricas.
E desses fornos micro-ondas de última geração.
... 
Preciso de um copo de vinho.
Envelhecido na boca de algum poeta.
 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Roupas Nuas

 

Minhas roupas...
Poucas roupas,
Seios de sobra.
Deixo-me nua no céu azul,
As nuvens meu leito,
Num sonho...
Poucas roupas,
Os vestidos coloridos nos cabides...
Quem demora à essa hora?
Largos passos indecisos...
Boto fogo nos vestidos.
Já me viram nua, houveram pedras...
E agora danço.
Tiro minhas roupas no palco vazio.
Nem era atriz, não sabia fazer chorar.
E quem assistia, Meu Deus...
Já sabia.
 
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