quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Beco

 
 
 
 

Às vezes a vida nos leva à becos sem saída.
Tão escuros e pensamos em voltar atrás,
Arranjar alguma vela.
Que palavras medonhas jamais teriam sido escritas,
Se não fosse exatamente um muro que se fechava atrás de nós?
E nesse chão de tantas pedras,
Nossos próprios muros caídos.
Mas basta erguer os olhos,
A visão sempre turva pela falta das lentes de contato,
E enxergar a luz lá adiante,
Roubada de alguma estrela.
Para nos guiar em seus rastros gelados,
E tentar fugir do calor artificial,
Dessas lâmpadas elétricas.
E desses fornos micro-ondas de última geração.
... 
Preciso de um copo de vinho.
Envelhecido na boca de algum poeta.
 

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