sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Agora



Esse escuro...
Por que eu me atiro nos seus braços?
Cabemos?
Nossa bunda desnuda,
Infestada de formigas.
Nossos cabelos,
Loiros no meio de fios escuros.
Nossos lábios,
Tantos dentes em nosso sorriso...
Vejo seu retrato na parede do meu rosto,
E me desvio dos seus olhos.
Que amor é eterno?
Nos bares já estão todos perdidos,
E ansiamos pelos nossos cobertores,
Pela nossa cama estreita,
Onde o espaço é azul,
Duas pernas, seu peito branco,
Quatro olhos,
Apenas suas mãos,
Nesse lugar só seu.
 
 

Espera



Esses sonhos...
Que asas me seduzirão?
Tantos beijos que deixei para trás,
Esperando palavras que nunca vieram,
Mentindo para mim,
Ilusões dos meus olhos.
É deserta a minha estrada.
Plantei galhos secos,
Engoli tâmaras amargas.
Não consegui chorar...
Duas, três lágrimas de ódio apenas...
Um anjo me tocou de leve,
Depois me abandonou.
Para que tanta luz num universo escuro?
Todas as estrelas têm sono,
E querem apenas descansar
 

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Dos Quartos

 
 
 
 
Dos Quartos
 
São segredos?
Dentro de cada gaveta,
Debaixo da cama,
No espelho na parede,
A arandela esverdeada,
Nos lençóis sujos... Suor? Gozo?
Meu pequeno diário...
Hoje eu te amo.
Ontem eu te odeio.
As pernas cruzadas, sapatos...
As malditas cortinas de algodão.
Não, amor... São persianas metálicas.
Tem o porta-joias - Brincos dourados da feira.
O violão na parede, as cifras decoradas.
A prateleira de livros.
Li todos os romances do Zafón.
Uma xilografia pregada na parede.
Tem a fotografia de Saint-Tropez, último verão.
E a cena tórrida de amor da noite passada.
 

Brighton






Would I swim?
Glazed under the sun...
There will be my dreams.
Houses of white pale,
Smiles of faraway destinies
I saw the Pier…
I should be holding a red ballon.
Look! A seagull…
How did it fly so high?
Without memories or a broken heart…
Lost, my love…
These seashells of hope.


terça-feira, 26 de novembro de 2013

São Paulo




São Paulo não me avisou...
Cuidado nas esquinas!
Você pode se apaixonar.
Pode ver algum menino esquecido na janela
Alguém pode te oferecer um cigarro.
E se você se encantar com o vestido da mulher?
 
E eu atravessei a rua sem olhar para trás,
Vinha um carro na contramão,
O Elevado escondeu sua luxúria,
Corrompeu-me os pensamentos com poesia.
Trabalhei oito horas por dia,
Troquei de amantes toda a madrugada,
O cigarro me custava seis reais por dia,
Os taxistas me assustavam,
E suspeitei que me seguiam na chuva,
Mas ainda assim valeu à pena...
 
São Paulo ainda vale essa poesia.

Caminhos

 
 
Sigamos as nuvens...
Sigamos as mares...
Sigamos as estrelas...
Ou uma cobra se escondendo em seu ninho.
Sigamos os versos...
Sigamos as ironias...
Sigamos os olhares...
Ou o poeta em seus lençóis celestiais.
Sigamos os sinos...
Sigamos os rios...
Sigamos os atalhos...
Ou os meus pés na rua descalça.
Sigamos o tempo...
Sigamos a órbita do sol...
Sigamos a linha fria dos trilhos...
Ou o destino eterno.
 
 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

A Cor do Poeta




                                                                Essa cor vermelha.
Por obséquio, são meus lábios?
Tudo sangra nessa vida...
Menos a pescada branca.
Mas os sinos da catedral ainda lembram...
Morremos, esse planeta Marte.
Que propósito...
O leão que engole a semente,
Inverti a ampulheta.
Mais alguns segundos.
Mas ainda era vermelho.
O sangue que ninguém quer.
Os poros de uma maçã do amor.
Quem inventa outra cor?

                                                             

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

ISBN

O ISBN - International Standard Book Number - é um sistema internacional padronizado de numeração e identificação de títulos de livros/ e folhetos em uma determinada edição, aplicável também a software e livros eletrônicos.
O fundamental do sistema é identificar um livro, de uma determinada edição. Uma vez fixada a identificação, ela só se aplica àquela obra, naquela edição, não podendo jamais ser reutilizada.
O ISBN é o resultado de um sistema numérico para livros utilizado pelos editores ingleses e amplamente aceito tanto pelo comércio de livros quanto pelas bibliotecas.
A partir de uma reunião realizada em Berlim, em 1967, o sistema foi oficializado internacionalmente e ratificado posteriormente pela Isso (International Organization for Standardigation) como norma internacional, em 1972.
A Agência Brasileira, com função de atribuir o número de identificação aos livros e folhetos editados no Brasil, é, desde 1978, a Fundação Biblioteca nacional, a representante oficial no Brasil.
 
Fonte: ISBN - Manual do Editor
 
 

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Trecho do Livro " O Leito do Silêncio"

 
 
 
 
Na Praia
 
 
O sol queima o resto de sal...
A água era fria, os peixes me mordiam.
Algas se enroscavam nos meus pés,
Sujavam minhas coxas...
Era mar demais...
Criaturas que nunca viram a luz,
Em profundezas abissais.
E era o mar, esse infinito que se une ao céu.
Apenas em nossos olhos.
E nos afoga, e nos engole.
Mares sujos de óleo.
Mares sujos de seus mortos.
Mas as ondas me cuspiram na praia.
A areia era branca, conchas me aqueciam.
O homem do cavalo branco veio me resgatar.
Mas nem sei o seu nome.
 
 

A Editora

Olá!!!
Sou Claudia Salomão, escritora...
Ah!!!
A verdade é que criar a Editora Verso de Papel é a minha iniciativa para publicar meus próprios livros.
O sonho de qualquer escritor é ter suas palavras impressas em um papel novinho, e com uma capa bem bonita, dessas que chamariam a atenção em qualquer livraria.
Então... Quer embarcar nessa viagem comigo?
Um livro de poemas... Quem publica?
Eu.
O meu livro se chama " O Leito do Silêncio", é uma coletânea de poemas que escrevi e ilustrei, um à um, bebendo uma taça de vinho, com pausas para admirar o vazio das luzes nos apartamentos em São Paulo.
Diagramado, revisado, ilustrado, com ISBN.
Gráfica já.
Apenas 30 exemplares... Não tenho tantos amigos assim... Quem sabe você não me ajuda a produzir a 2° Edição?
Logo estará disponível em alguma livraria... Espero.
Ou você poderá comprar diretamente comigo, entregue em sua casa com dedicatória.
Vamos realizar os nossos sonhos juntos?
 
Abraço, amigo leitor.
 
Claudia.
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