segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

A Cruz Não é de Madeira

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Isso sangra.
A pele, a paixão, o perdão.
As correntes transparentes,
pregos no ventre,
Mentiras no álbum de retratos.
O que me resta,
mendigando palavras,
furando meus olhos com uma prece.
Ah, Deus...
Por onde andas...
O vento ainda é insuficiente.
Caída sobre a minha sepultura,
Inimigos negociáveis...
Mais sangue, mais vela.
Esse meu coração que não te serve,
Vazio e opaco.
Minhas linhas de ilusões.
Agora.
Livrai-me do mal.
Rio eterno que sacrifica as minhas almas,
No leito do meu corpo de pedras.

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