terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Ruinas

 
 



Ruínas...
Nosso amor desmoronado,
Sepultado...
As janelas quebradas,
O ódio em hera maldita nos tornozelos,
Fantasmas na escuridão,
Escondendo-se nos vãos da porta.
Pichações nos muros onde eu escrevia teu nome,
Morcegos se escondendo debaixo do telhado.
Bombas-relógios esperando a implosão,
De todo esse nosso desejo reprimido,
Nossas roupas poucas sujas de lama,
Onde os porcos se alimentam.
Aqui não cresce uma flor,
E nenhuma prece consola.
No encanamento velho, dezenas de ratos.
E nos sufocamos com inseticida.
Os livros velhos da estante,
Alimentando as traças com ilusões.
E no fosso vazio da esperança,
Juntamos os ladrilhos do nosso coração partido.
 
 

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