quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Milagre

 

 
Deus de todas as catedrais...
Não te cansas dessa cruz?
O céu obliquo já lavou as tuas lágrimas...
Milênios se passaram com  o pó mortal...
Sepultadas estão todas as poesias...
E os milagres hoje são da medicina.
Oh, Deus...
Tantas guerras sujam seu nome.
E todos fogem dos raios,
Míseros em toda a sua magnificência.
Os salmos são poucos, não consolam...
A esperança é um ramo de pinheiro,
E desola...
Seus santos, Deus...
Alcançaram o paraíso?
A eternidade parece tão frágil...
Os corações alimentados por paixões,
Caídos na escuridão.
Perdoa, Deus...
Esse punhado de pecados nas minhas mãos.
Acho que foi o vinho...
E esse sangue, Deus... Beba de madrugada.

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