quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Nota de Um Suicida

 
 

 
Para onde vão?
O paraíso nunca existiu,
E nenhuma galáxia é atingível.
Esse mundo de crianças mortas,
E desejos perecíveis.
Eu tentei.
Sorri todas as vezes que me mataram.
Inventei palavras para me consolar.
Para acreditar que alguém me esperava.
De tudo, o que me resta?
Os dias se tornaram vazios,
O negro profundo desbotou o meu olhar.
Estou com sono...
Preciso dormir e não mais existir.
Talvez eu acorde daqui mil eras...
Cansada, a morte ao meu lado...
Apenas uma frase em um livro antigo para me consolar.
O amor que eu não posso tocar,
Esvaindo-se na distância da minha solidão.
Adeus...
Os becos escuros onde sujei os meus lábios,
Esses não posso iluminar.


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