Doente...
Esses beijos que ninguém mais deu.
Essas mãos nas minha coxas,
O sorriso testando meus amantes.
Doente...
O aperto no coração quando penso em te esquecer,
Sua fotografia na moldura prateada.
A garrafa de vinho vazia no meio do filme francês.
Doente...
A nossa casinha vazia, arbustos crescendo,
As ruas ensolaradas esperando os meus passos,
Um oceano gravitacional.
Doente...
Seu suor se misturando ao meu,
Minha língua nos dedos seus,
As músicas perdidas sintonizadas no rádio.
Doente...
Sonhando a morte para a eternidade,
Misturando os pés gelados debaixo dos lençóis,
Gozando em meios as tragédias desse nosso Deus.
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