terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Calçadas Vazias

 

Eu ando por essas calçadas...
Quanto tempo ainda nos resta?
Não conto os minutos, apenas os esqueço.
São Paulo em devaneios da madrugada,
Se vendendo barato em qualquer esquina,
Por uma carreira de cocaína,
Ou por um quarto de hotel.
Quando o dia clareia,
E a noite nem existiu por causa dos pesadelos,
Eu me lembro o quanto estás distante,
E essas calçadas se tornam vazias...
Para que lado olhar?
Lá vem um carro com uma placa EZA 1327.
Ou um menino com um revólver debaixo da camiseta Nike
O farol vermelho dura trinta segundos.
Na esquina um mendigo se enrola em trapos,
Sobram frutas podres na feira de sexta.
Eu tento cantar, mas não consigo.
Algo me aperta a garganta...
Tudo isso é por causa de dinheiro?
A minha poesia impressa no papel,
Todo o meu valor.
 
 

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