sábado, 14 de dezembro de 2013

Raio

 


No topo de cada edifício,
Esperamos por você.
Com as mãos sangrando,
E os pés aterrados com chinelas havaianas.
O céu se escurece...
Chuva de nossos rios evaporados,
Mais limpa que nossos rios poluídos,
Chuvas atômicas,
A eletricidade que escapa,
E propaga trovões.
Fujo das árvores,
E dos postes com transformadores de alta-tensão.
Fecho os olhos, me afasto da janela.
Eu sei dessa ira,
Essa perfeição luminosa expansão.
Luz das estrelas ecoadas num fio de água,
Destinos que se chocam com a terra.
Essa nossa terra sagrada,
Que flutua no fogo,
Beirando as rupturas do universo.

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