domingo, 8 de dezembro de 2013

Deus



Nossas perguntas,
No emaranhado dos prédios.
Esse silêncio...
Meu Deus... É você?
Para que nos deixou mudos,
Chorando as nossas paixões?
Acaso não ama as lágrimas no espelho?
Às vezes te vejo sádico,
Tomando champanhe em Cannes,
Vendo a Nicole Kidman nua.
Mas às vezes, sente fome em Mumbai.
Riu quando mumificaram Ramsés?
Ou chorou quando a menina judia morreu na câmara de gás?
Deus,
Na contramão da rodovia em Los Angeles,
E sepultando Dona Maria em Iguala.
Deus dos metrôs lotados da Barra Funda,
Deus que julga meus desejos às 2:00 PM.
Eu sei que adora poesia,
E que não se importa com os revólveres engatilhados.
Mas Deus, eu te imploro...
Se nos deixar sozinhos...
Eu a menina da China...
Que palavras ainda nos servirão?

 

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