O azul ainda é uma mentira,
Um espaço entre o cinza e o grotesco.
Atiraram-me moedas,
Comprei alguns livros.
A dor de cada um é a desilusão diante do espelho.
E os trilhos do metrô não levam à lugar nenhum.
Espero.
Os dias são iguais, há sempre um 17 de dezembro.
Há quinze anos atrás eu provavelmente chorava.
Acreditava no amor.
Mas arrancaram o meu vestido.
Acordei bêbada na sarjeta.
Um estranho investigava as minhas coxas.
Hollywood está bebendo champanhe.
E o câncer não tem cura.
Fumo um cigarro, imagino um paraíso distante,
Aqui as pessoas cometem suicídio.
Ontem uma menina caiu num buraco e morreu.
Não vai mais saber das notícias da TV.
O céu é azul?
Nenhum comentário:
Postar um comentário