quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Brasil

 
 
Essa terra de ninguém...
O que espera?
Nossos filhos já se perderam,
Saquearam nossos corações.
E as estradas destroem os carros em contramão?
É a miséria desse tempo perdido?
Ou são sementes que lutam entre as pedras?
Eu viajo pelo tempo,
Observo essas montanhas, e esses rios...
O Deus ainda é o mesmo,
Mas às vezes fecha os olhos.
Acreditamos em Virgem Maria,
Essa santa de uma terra distante,
que lavava os pés quando ainda éramos índios.
Plantamos café, procuramos ouro,
Inventamos guerras de fronteiras,
E matamos uns aos outros.
Essa chuva nunca vai chegar.
O hemisfério orbita sozinho.
E o medo ainda nos assalta em cada esquina.
Eu estou cansada.
Sonhei com esse céu,
Observei todas as casas à beira da rodovia.
E o que vejo é um negativo cinza.
Um ódio reprimido de geração em geração.
Quando seremos realmente livres?
 
 

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